quarta-feira, 24 de julho de 2013

O Expresso Londres está viajando...

...e em breve você vai ter muito mais coisa pra ler.

Quem anda acompanhando o blog sabe que vou fazer um mochilão, e bem ele vai começar amanhã. Como vocês sabem, eu espero retornar à Inglaterra para poder fazer as postagens da viagem, porque eu gosto de deixar bem organizado. Então ao invés de jogar qualquer coisa num post e apenas fazer por fazer - na verdade não teria nem como fazer isso porque não posso levar computador - eu prefiro fazer isso tudo com calma. No entanto, se você quer me acompanhar pelo mundo, tem uma forma um pouco mais efetiva e fácil chamada instagram. Alguns de vocês talvez tenham notado que surgiu um novo gadget na barra lateral direita, então ali é meu instagram, o qual costumo postar fotos espontâneas. Se interessar à alguém, deem uma olhada naquela barra de vez em quando.

Não tenho muito o que falar, a não ser que estou indo colher mais e mais experiências e felizmente compartilhar com vocês no futuro. Vão ser vários países e muitos dias, mas isso tudo eu conto passo a passo quando voltar. Deixo o roteiro pra mexer com a criatividade e ansiedade de todos. Até mais e boa viagem para mim.

Bruxelas - Bélgica
Amsterdã - Holanda
Berlim - Alemanha

Praga - República Checa
Varsóvia - Polônia
Roma - Itália
Cidade do Vaticano - Vaticano

Florença - Itália
Pisa - Itália
Milão - Itália


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Para um Reiron do futuro!

Caro "Reiron do dia 16 de Janeiro de 2014",

Hoje, cheguei na metade dessa incrível jornada. Fazem 6 meses que estou morando na Inglaterra. Que frase de peso não? Acho que nenhum de nós sabe muito bem como todo esse fascínio por Londres surgiu; talvez um documentário, um artigo, uma foto, uma história, um livro ou tudo isso junto. Você lembra quando achava que duas semanas na Inglaterra já era uma loucura impossível? Que você não teria dinheiro suficiente, inglês suficiente ou até coragem suficiente? Esse sonho virou um objetivo de vida, quando não um porto-seguro ou uma terra quase inalcançável.

Nada disso nos impediu de continuar acreditando. Foi quando na metade de 2010 entramos naquele projeto como bolsista e decidimos dar um melhor fim ao nosso dinheiro guardando-o numa poupança para uma causa maior. Era a primeira vez que tínhamos dinheiro para chamar de nosso. Fizemos a escolha certa, embora mal sabíamos quem nem precisaríamos disso no fim das contas.

Foi também lá em Campina Grande que nós decidimos finalmente entrar no inglês de verdade, sabendo que iríamos precisar dele mais cedo ou mais tarde. O tempo passou, assim como muitas coisas boas e ruins em nossa vida, mas uma permaneceu imutável: aquele desejo que nos consumia ao mesmo tempo que nos dava motivação para seguir em frente.

Então surgiu aquela oportunidade inesperada, boa demais para ser verdade: Ciências sem Fronteiras! Quer dizer que nós poderíamos morar na Inglaterra, melhorar nosso inglês e viver toda essa fantasia que sempre quisemos sem pagar uma moeda? Realmente dinheiro não foi a moeda mais valiosa que nós pagamos, mas sim o suor, o esforço e principalmente a vontade de fazer dar certo.

Fomos francos consigo mesmos desde o início. Eu não tenho o nível de inglês requerido para ir morar fora do meu país. Como vou recuperar todo esses anos perdidos de inglês em alguns poucos meses? Como é que eu, um ser que mal chegou na metade de um curso completo de inglês vai estar apto à passar numa prova do calibre do IELTS? Pra variar outra pergunta sem resposta, entre milhares. Mas o que nos restou foi tentar. Não uma tentativa qualquer, afinal as apostas estavam muito altas e você sabia tudo o que tinha a perder, ou melhor, tudo o que tinha a ganhar.

A data da prova chegou e com ela toda a ansiedade e angústia que a acompanhavam. Como não lembrar daquele listening, daquele claro momento em que você sabia que era tudo ou nada? Me responde: Você já conseguiu encontrar explicação para aquilo? De onde você tirou calma pra responder aquelas questões que se seguiam? Os dias pós-prova foram os mais agonizantes, com certeza. Precisávamos de um resultado, uma definição, fosse o que fosse, por mais que torcêssemos  por algo positivo. E ela veio. Um feito para nossa memória, um orgulho de nós mesmos, um lembrete que dizia: Se você realmente quer, vai dar um jeito de conseguir.

A partir daí um balde de água fria. Muita burocracia, sufoco e mais obstáculos que uma prova de 100 metros com barreiras. Mesmo ainda com todos os problemas que aconteceram com Coventry University - uma parte que tende a passar despercebida nessa história por observadores - em nenhum momento desacreditamos que ia dar tudo certo e à isso eu chamo de . A firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta ideia ou fonte de transmissão.

181 dias atrás chegávamos à Terra da Rainha com todos os medos e inseguranças à flor da pele. Será que eles vão me entender? Improvável. Será que EU vou entender eles? Mais improvável ainda. Foi entre diálogos hipotéticos intercalados por gargalhadas vazias que caímos no primeiro desafio: a nevasca. Maldita teoria da compensação. Nada vem fácil. Pra ter a vida que você sempre quis, vai ter que sofrer um bucadinho antes. Esse era o pensamento que não saía da minha cabeça.

O período de adaptação inicial que supostamente deveria ser turbulento, revelou-se tão prazeroso quanto uma montanha-russa. Todo dia era uma descoberta, uma surpresa, um espanto. Lidar com o clima foi definitivamente difícil no começo - entre hipotermias e escorregões na rua - mas no fim das contas, aprendi a conviver com o frio inglês e a busca incansável por dias de sol. E quando eles finalmente chegaram, eu confesso que já implorava pelo friozinho habitual.

A melhor parte chegou logo: as viagens. Conclui que eu nunca tinha feito uma viagem de verdade. Para se ter uma ideia, eu só conhecia o Nordeste, e a primeira vez que saí de lá foi pra ir tirar meu visto em Brasília. Dias depois, lá estava eu, um orgulhoso paraibano, fazendo minha primeira viagem internacional para nada menos que Londres


Não demorou, e todo mundo já se animava para viajar pela Europa, e minha primeira oportunidade veio no Easter Break. Já fiz outra pequena viagem, e a próxima, vai ser o Mochilão dos Sonhos, com a duração maior que o dobro das duas. Viagem é aquela coisa, cansa dependendo do ritmo. Só que toda vez que me pergunto "Quando será que eu terei outra oportunidade de vir aqui novamente?" não quero ir devagarzinho não, quero aproveitar cada segundo. Na maioria das vezes, meu corpo cedia primeiro que minha razão e eu não tinha outra escolha senão descansar um pouco.


6 meses se foram, 6 meses virão. Se tudo de bom que eu já passei se multiplicar por 2, eu já vou estar satisfeito. Satisfeito mesmo estarei se conseguir riscar todos os lugares a serem conhecidos da minha infinita lista. Espero que você, o meu 'eu' do futuro, esteja realizado com toda essa conquista, e de preferência tenha uma visão ainda mais clara do depois. Vai que você arranjou uma forma de prolongar essa estada e eu estou apenas sofrendo com 6 meses de antecedência.

Hoje reflito sobre tudo que aconteceu nesse tempo que já passou, e tento entender por onde foi que esse tempo escapou tão rápido. As experiências vividas definitivamente contribuíram para tornar essa jornada cada vez mais intensa, um eterna busca por descobertas próprias. Eu não sou o mesmo de quando cheguei, e não partirei o mesmo que sou hoje. Francamente, é isso que me preocupa.

Hoje mais do que nunca, você deve lembrar que está voltando pras pessoas que tanto sentiu saudades. Não me entenda mal, o Brasil é um país sensacional, porém o que torna ele tão digno de falta são algumas pessoas. São aquelas que deixam meu cotidiano muito mais agradável, sendo passageiros talvez não do Expresso Londres, mas de outro double decker que eu venho dirigindo desde que nasci. Sinto saudade da família sim, dos amigos, da faculdade nem tanto. Uma parte de mim quer voltar.

A outra parte todavia gostou dessa vida diferente, de poder visitar novos países com uma facilidade imensa, de ser independente (ainda não do governo, mas enfim) até na cozinha e da sensação completa de liberdade. Talvez isso não seja nada mais do que praticar o verbo 'viver'. O problema é conciliar essas duas partes numa pessoa só.

Demorei um tempo maior que o usual para escrever isso tudo, começando pelo dia em que minha passagem de volta foi emitida. Acho que a incapacidade de adiar o ponto final desse intercâmbio me deixou extremamente melancólico e até sem palavras. Toda vez que eu retornava ao papel e lápis, eu nem sempre conseguia continuar de onde parei simplesmente porque estava feliz demais. Acessar essa nostalgia com um encerramento virou um paradoxo. 

Não se preocupe com mais nada, apenas em responder uma pergunta: "Você está feliz agora"?

domingo, 14 de julho de 2013

Budapeste, a Paris do Leste Europeu

Pra quem vem acompanhando minha viagem desde o último post Vienna do Lixo ao Luxo talvez tenha visto o dilema em que eu fiquei. Daquela novela toda que aconteceu, do atraso do trem, a gente quis apostar em ir pra Budapeste de todo jeito. Um cara lá na estação emprestou o telefone e conseguimos falar com a recepcionista que foi um anjo. Ela falou que nos esperaria sem problemas. Colocamos crédito num dos nossos celulares pra manter contato com ela.

Até a hora do bendito trem foi muita agonia. Não tinha nada pra fazer na estação, pelo menos tinha internet. O tempo passava, eu já não tinha mais euro pra gastar :'( e o que sobrou deu pra comprar um sanduíche. Esse foi meu jantar. Tentei prolongar ao máximo o sanduíche pro tempo passar, mas 100 minutos simplesmente não se esgotavam. Quando o tempo de delay finalmente estava acabando, acrescentaram 20 minutos. E depois mais 20 minutos. Foi quando eu disse que se aumentassem 1 minuto, eu não ia mais naquela tentativa de maria fumaça nem de graça.

O trem chegou. Amém.
Ainda teríamos umas boas horas até chegar em Budapeste, pelo menos agora a gente estava sentado dentro de um trem já indo em direção à cidade, e não dentro de uma estação sem fazer nada. A previsão era que de uma da manhã chegássemos lá. Achamos um vagão estilo Harry Potter sabe, uma cabine com 3 cadeiras de frente pras outras. Foi lá que nos aconchegamos para dormir. Por 3 vezes passaram pedindo os tickets, e claro que eles não estavam nem aí pra quem estava à dormir.

Em torno de 1 da manhã chegávamos a Budapeste. Claramente o nosso trem era o último do dia, e os funcionários estavam só esperando sairmos para fecharem tudo, supus. Tivemos que nos render ao táxi, embora nosso hostel não estivesse distante dali, mas claro que o taxista ia dar um jeito de nos enrolar. Ele foi tão rápido e loucamente que o taxímetro estava rodando adoidado. No fim, 7000 forint húngaros.

Chegando no hostel, a melhor surpresa em descobrir aquele apartamento agradável que se transformou num hostel. Tínhamos um quarto só nosso e uma casa inteira à disposição. Nome: Downtown Oasis Hostel. A recepcionista que nos esperou ainda arranjou um tempinho para nos explicar o que quiséssemos da cidade antes de ir embora tarde da noite. Um boa noite de sono depois, estávamos todos animados, já visando ir para outro Free Walking Tour, repito, se tiver tempo é a melhor opção para conhecer a cidade no primeiro dia de viagem.

Sala de estar com Tv, jogos, dvd e tudo mais.
Quarto já afetado pela bagunça do dia seguinte
Vista da varanda :3 Olha a maior sinagoga da Europa ali.
O tour já chegou me surpreendendo, com a surpresa das invenções do Cubo Mágico e Central Telefônica serem Húngaras. 'Hello' em húngaro significa 'Você está me ouvindo?'. Segundo a guia, foi por isso que pegou a moda de falar Hello no telefone, nada de americanos. Inclusive dizem que o húngaro é um dos idiomas mais difícil do mundo. Talvez porque é uma língua que funciona pela adição de sufixos e só. Nenhum prefixo, nem declinações. Por exemplo, essa palavra Legeslegmegengedhetetlenebbekkel que significa "com os mais inadmissíveis de todos". Não, eu não sei falar nada de húngaro mais. Eu sabia obrigado, porque desculpa era difícil demais.

Passamos pela Opera uma versão menor da de Vienna. Isso nos foi explicado, porque a concorrência 'amigavél' pela mais bela cidade entre Budapeste e Vienna fazia com que tudo que uma tivesse, a outra também quisesse. Tipo dois irmãos querendo ganhar presentes dos pais. A guia também nos disse que se não fosse pela Inglaterra, Budapeste seria a cidade que inventou o metrô. Ela bem que tentou excluir 'as ilhas' da competição mas não rolou.

Em seguida fomos para St. Stephen's Basilica uma Igreja com uma história fenomenal. Deve ser mais apreciada por arquitetos com certeza, e eu explico o porquê. Bem, a Igreja teve 3 arquitetos, só que nenhum deles tinha o mesmo estilo que o outro, um era barroco, outro neoclássico e 'não lembro' UHSUAH Talvez os futuros arquitetos me ajudem na foto. O interessante é que metade é Neoclássica, a outra metade é desse estilo que não lembro e o interior é barroco. O legal é que dá pra notar claramente. Vejam na foto.

Escondida nas ruelas de Budapeste
A Igreja dos 3 arquitetos!
Depois daqui, fizemos a travessia pela famosa Chain Bridge que tem muitas histórias macabras de suicídio. O.o A guia contou a história de um menino que foi tentar desvendar porque já ocorria tantos suicídios, e eles atribuem aos leões nas pontas. (???) Enfim, foi dito que o menino viu que os leões não tinham línguas, aí ele suicidou-se. Mais que bela história. Enfim, evitei encarar o leão por muito tempo. As vezes sonho com ele me chamando pra um pulo de bungee jump sem corda :)))))))) Brincadeira, só tentei ser macabro. USHUH

Chamarei Aslam pra botar moral
Ah, uma rápida aula de geografia. Se vocês foram leitores atentos, viram que em todos os destinos que eu fui nesse pequena #eurotrip havia um rio, e por consequência era o mesmo, o Danúbio. Bem, lá em Budapeste o rio marca a divisão das duas cidade, Buda e Pest. A parte mais alta da cidade é Buda, no caso a que estávamos indo, enquanto essa que eu fiquei e mostrei tudo até agora era Pest. A Chain Bridge marca a divisão das cidades, e é famosa por ter sido a primeira ponte a ligar os lados. Uma informação adicional, dizem que Buda significa água, e realmente associam muita coisa à água lá, enquanto que Pest é claramente 'Forno'. E tenho que dizer, comi um pão lá em Pest de supermercado que era uma delícia. Queijo e Bacon.

Danúbio e as Igrejas coloridas do lado de Buda :)
Pra chegarmos ao lado alto chamado Buda, subimos infinitos degraus. Opção de pobre claro, porque tem um carrinho que leva os rycos pra cima. Lá em cima até parece outra cidade completamente diferente. E claro que essas Igrejas com telhados de cerâmica coloridos são a maior atração.


Mátyás Templom de longe a minha favorita.
À muito em reforma, o que só mostra a preocupação com o patrimônio da cidade.
Mas uma vez a água toma conta do cenário, com uma fonte natural de água bem geladinha no calor do inferno em Budapeste. 


Uma garrafa d'água acabava num segundo, eu estava consumindo só Jesus sabe quantos litros de água num dia. Era muito calor, e olha que meu pai vem do sertão, então eu já provei do calor, calor. E sério, não sei se é a falta do calor por estar à quase 6 meses na Inglaterra, mas eu acho que nunca senti tanto calor como naquele dia. 

Ruínas que se tornaram destino de casamentos
Olha o parlamento húngaro gótico.
Foi um pena não termos tido tempo pra tirar foto disso tudo à noite, mas enfim. Nosso dia mal tinha começado. Quando o tour acabou, a guia chamou para irmos almoçar num canto escondido que ela prometia que comeríamos bem, seriam comidas típicas, e não seria caro. Pedi pra ela marcar no mapa. Enquanto fomos tirar uma foto, essa mulher e o grupo sumir. Aí foi descer esse labirinto de ruelas abaixo que de jeito maneira se enquadravam no mapa e sair perguntando pra pessoas nas ruas que nem sempre falavam inglês ou sabia onde era o restaurante. Depois de muito andar - pra variar no sol - achamos o lugar. 

De entrada, tomamos a famosa Goulash Soup, que seria bem parecida com a sopa de carne do Brasil se não fosse o mundo em paprika adicionado nela. Eu achei que não gostaria, afinal nunca fui muito amigo da sopa até o início da minha adolescência, mas o pior é que a paprika funciona e não deixa um gosto forte ou desagradável. 1 ponto pras comidas húngaras. Obs.: A fome não me deixou tirar foto.

De refeição principal Chicken Paprika. lol. Eles adoram paprika sim. Como vocês podem ver o frango vinha com um molho, estilo strogonoff, muito gostoso. Esse troço branco estranhíssimo é  uma espécia de noodles húngaros. Eu até achei no supermercado deles depois. Ele puro é altamente sem graça, então você junta com o molho e fica gostosinho. Depois de um tempo eu abusei do troço branco, mas comi todo o frango :)

Isso tudo mais um refrigerante e eu só paguei 10 euros. Eu achei uma barganha.

Não foi das melhores fotos que eu tirei.
Quando eu pesquisei sobre Budapeste, todo mundo só falava em Spa, e claro que eu não ia deixar de ir. A guia falou que pra tudo o pessoal vai pro Spa, porque tem fonte de águas termais na cidade, então tudo isso foi aproveitado em Spas. 


Széchenyi Spa. No pátio principal havia 3 piscinas. No momento que entrei, vi uma piscina olímpica e só fiz me jogar de cabeça. Nadei de um lado pro outro, só pra depois ver que era proibido molhar o cabelo naquela piscina. Que vergonha!!!!!! Era por isso que todo mundo tinha toca e ficava olhando estranho pra mim. Passado isso eu comecei a perceber o estilo de lá. As piscinas eram aquecidas, com exceção dessa primeira. As temperaturas variavam abruptamente de uma pra outra, principalmente nas internas. Todos esse prédios com um estilo acho que colonial davam um clima todo diferente, e eu não cansava de ficar ali naquelas água, principalmente numa piscina com correnteza que tinha dentro.


Praticamente todo o resto do dia foi gasto ali. Uma horas antes de fechar, umas 6, saímos pra voltar pro hostel, dando uma passada claro, na Heroes Square, e fazer a guitarrinha de Budapeste.

Única guitarrinha de sandália havaiana
Voltando pro metrô, o sistema é o mesmo de Bratislava em questão de ficar autenticando, se tiver dúvidas dá uma lida aqui nesse post. E o resto da noite foi descansar, porque tomar banho de piscina cansa e 5 dias correndo também.

A gente tinha boa parte da manhã e um pouquinho mais da tarde antes de pegar o trem de volta para Bratislava, agora com uma extrema antecedência, porque qualquer atraso ia significar perder o voo e isso não podia. Dei uma checada no mapa e resolvemos ir em direção ao Central Market.




O mercado era tudo que nos contaram de bom e mais um pouco. Esse primeiro andar era basicamente de souvenirs, e o térreo de comida. Rodamos bastante no primeiro, eu queria comprar um chaveiro e um cartão postal como sempre, pra sentir fome e depois comer. Tinha muitas opções de todos os tipos e umas bem baratas, até podia ter gastado um pouco mais, porém o medo de ficar sem dinheiro era maior UHSUA


Queria falar também de uma bebida famosíssima de lá, chamada Pálinka. Volta e meia eu ouvia falar disso, principalmente pela guia que não cansava de reforçar que era uma bebida nacional e todo mundo bebia, porém é muito forte chegando até a 50% de álcool, e com percentagens maiores clandestinamente. Se eu não me engano, consiste de vodka, e é misturado com todo tipo de fruta, tanto que há centenas de variações. Naquele calor, a mulher falou que a gente não podia beber senão poderíamos passar mal, e era indicado comer logo depois de tomar. Veja a potência do troço. Comprei uma garrafinha então pra provar junto com meu pai.

Minha viagem acabou nisso. Fui mandar meu cartão postal, tirei mais algumas fotos, e depois foi só voltar pra Bratislava. Budapeste ficou no meu coração, uma cidade sensacional, muito menos artificial do que Vienna por exemplo, e que te acolhe bastante. Um ritmo calmo, como o Danúbio foi o que me fez apaixonar-se por Budapeste.

Mais uma vez obrigado a todos e todas que leem o blog, comentam, mandam sugestões ou perguntam. Obrigado aos que acompanharam essa minha segunda eurotrip. Vou aproveitar a anunciar minha próxima viagem :) Vou conhecer as cidades nessa sequência:

Bruxelas - Bélgica
Amsterdã - Holanda
Berlim - Alemanha
Praga - República Checa
Varsóvia - Polônia
Roma - Itália
Florença - Itália
Pisa - Itália
Milão - Itália

É bastante eu sei. Vai ser de longe minha maior viagem, 24 dias. Espero que eu volte vivo pra contar minhas experiências. Falta um pouco mais de 1 semana e já estarei partindo pra viagens de novo. Daqui a pouquinho completo 6 meses aqui, estou preparando um post pro blog bem especial. O post de como planejar viagens também está pra sair. Enfim, até a próxima!

Confira outros destinos na seção Já Fui.

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sábado, 6 de julho de 2013

Lema: não desperdiçar nenhum momento! #AltonTowers

Eita que o ritmo de postagens diminuiu um pouco não? Bem, estou eternamente arrumando o post de Budapeste, mas enquanto ele não sai, vim aqui atualizar o que vem acontecendo ultimamente.

Nos últimos dias minha rotina tem sido a mesmo, acordar no finalzinho da manhã, dia sim dia não eu vou pra academia. Dia de academia parece acabar mais rápido, assim como toda minha disposição. Os dias sem academia sempre dão uma folga, e nessas 3 semanas depois da viagem nunca comi tão bem na minha vida. Tudo que deu vontade eu fiz. Só darem uma olhada no instagram e ver. @reironlopes

E não foi só isso não. A gente fez também feijoada, afinal já estava com saudades. Na verdade mesmo, queria que isso virasse um hábito, aí poderia comer feijoada todo mês. Agora o prato fantástico que mexeu com o coração do paraibano aqui - ainda fico com água na boca só de pensar - foi "Cuscuz com Leite e Carne Assada". Para a todos dos nordestinos com quem eu tenho contato em Coventry, Cuscuz com Leite é geralmente um comida de café da manhã. Alguns já tinha comido Cuscuz com Carne Assada, porém ninguém tinha provado dos três juntos. Nem preciso falar dos de outras regiões do Brasil. A questão é que arranjaram Cuscuz do Brasil, e todo mundo provou com leite e carne e aprovou. Não tem foto, porque estava ansioso pra comer, então foi tipo: colocou no prato, já comi!

Sabe esse fondue? Sobrou bastante. Porque não fazer um bolo, e usar o resto do fondue como cobertura? E mais uma vez assim foi feito. Um bolo que durou pouco tempo coitado, mas uma mão na roda pra depois das refeições. Não posso esquecer que minha última obra foi Filé à Parmegiana. Esse aí foi já tarde, outro que eu tava morrendo de fome.

Esses dias também serviram de planejamento das férias que virão agora no final de julho até meados de agosto. E adivinhem? Já fiz meu roteiro e já comprei minhas passagens. Deixa eu só semear a criatividade de vocês: são 7 países que eu vou acrescentar, ou melhor, riscar da minha lista. Aliás, fui riscar logo agora.

Nesse lema de não desperdiçar nenhum momento, quando não estou economizando pra viagens - agora arrochei os cintos porque tô vendo que o gasto vai ser grande, eu quero dizer, GRANDE - estou tentando fazer o melhor possível do meu tempo, seja planejando viagens, seja cozinhando pratos que eu estou com vontade na tentativa de melhorar como 'chef' ou tentando achar mais experiências legais a serem vividas.

Eis que ontem, havíamos marcado mais uma viagem das Social Trips de Coventry para a Alton Towers! Você provavelmente não deve ter nem ideia do que isso seja, se já não tiver procurado no Google. Bem, esse é o melhor parque de diversões do Reino Unido segundo falam. Eu não fui em nenhum outro mas concordo. Eu não tirei nenhuma foto, porque estava literalmente correndo de uma atração para a outra. Demorou muito pra chegar porque tinha um engarrafamento enorme na entrada e também o parque tava lotado. Enfim, quando entramos na primeira atração eram 12:30 e o parque fecha as 18:00. Começamos pela Nemesis que é essa montanha russa aí de baixo.

Photos of Alton Towers, Farley
This photo of Alton Towers is courtesy of TripAdvisor

Em seguida fomos na Air que é um tipo de montanha-russa que você vai deitado de barriga pra baixo, mas eventualmente ela vira, como vocês podem ver. A gente perdeu uma hora e meia na fila disso. Mas outros amigos nossos foram numa fila específica que se chama Single Riders. Essa fila é tipo assim, tem uma coluna com 4 cadeiras, mas só tem um grupo de 3 e sobrou uma cadeira, aí eles pegam e preenchem com o pessoal do Single Riders. Então nossos amigos passaram bem mais rápido, mas aprendemos a lição.


Não achei nenhuma foto que faça jus a próxima atração chamada Thirteen. Outra montanha-russa com uma pitada de casa do terror. Pra essa compramos um Fast Track que é um fura-filas. Pagamos 5 pounds e passamos na frente de todo mundo. Em 10 minutos no máximo, estávamos entrando no brinquedo. E já que a gente estava tão feliz de ter passado só 10 minutos na fila, depois de uma hora e meia na atração anterior, eu decidi ir na front row ou seja, nas cadeiras da frente. Eu não esperava me divertir tanto com aquela montanha-russa. Ela não é a mais fodástica, mas as quedas na frente deixam tudo muito mais massa. Outra, ela foi a primeira montanha-russa do mundo a fazer uma queda vertical, tipo, você tá sentado no carrinho e ele desaba 5 metros :)))))))))))) Deu medinho. 

AGORA VEM A MAIS FODA DE TODAS. O carro chefe da Alton Towers se chama Smiler. É uma montanha-russa novíssima, que foi lançada agora em Maio de 2013. Eu nem achei que ia dar pra ir nela, porque as filas são gigantescas. Ao longo do parque há vários painéis que ficam informando quanto tempo está demorando pra ir na atração. Quando chegamos estava apenas 180 minutos. Quando fomos, estava 100 minutos. Só que, pegamos a fila do Single Rider, afinal tínhamos aprendido a lição. A desvantagem é que você não escolhe o seu lugar, apenas vai pra um canto que vão pra preencher, mas quem se importa?


Foi muito bom. A Smiler é a única montanha-russa a ter 14 loopings, ou seja, é por isso que você fica lesado que nem a foto acima. A verdade é que quando saímos dela, eu me senti um pouco enjoado por mais  ou menos umas 8 horas. 

A gente ainda teve tempo de ir num último brinquedo de se molhar no final! Quedas no escuro e jatos de água surpresa na sua cara. :))))) 

Bem isso é tudo. Um mix de tudo que eu fiz nessas últimas semanas. Obrigado pra quem sempre acompanha o Expresso Londres. Por último deixo um recado para todos.


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