What does the FOX say?
Talvez alguns de vocês tenham visto esse vídeo ou não! Esse vídeo simplesmente virou sensação na internet um pouco antes de eu viajar lá pra Oslo, capital da Noruega, de onde ele surgiu. A primeira coisa que eu queria dizer é que eu fui preparado pra um flash mob, com a canção já toda decorada e alguns passos de dança também. Mas a notícia triste é que não apareceu nem uma raposinha pra eu comprar, talvez porque tenha sido uma visita muito rápida.
Bem, pela primeira vez eu saí de Ryanair do aeroporto London Stansted. Paguei um pouco mais pra poder me deslocar até lá, mas como a passagem estava muito barata na época que eu comprei, compensou. O voo tinha tudo pra ser normal se não tivesse sido uma aeromoça! Muito simpática ela, encontrou amigos no avião e claro foi ser amigável, batendo um papinho! Só que ela esqueceu que tinha que trabalhar, eu acho. Os DOIS amigos que ela encontrou ficaram batendo papo no fundo do avião, e o que não faltaram foram cabeças virando em direção a ela numa linguagem corporal de "Cala a boca e deixa a gente dormir". Até aí nada demais, até porque eu tava da metade pra frente, só que quando chegou na hora do pouso, ela foi anunciar que o piloto estava se preparando para descer, e ela começou a rir durante a leve turbulência. TIPO, OI? Ética cadê? Eu e mais alguns passageiros rimos juntos e é isso. Acho que alguém levou bronca naquele dia, e eu tenho um leve palpite de quem foi.
A imigração foi tranquilíssima, só fez carimbar meu passaporte e passei. O expresso que nos levou do aeroporto até a estação final de ônibus foi bem tranquilo. Assim que saímos do aeroporto que estava um pouco deserto, o ônibus já esperava do lado de fora, onde compramos dentro do ônibus o ticket, que para estudantes custou 110 NOK. Uma ida tranquila num ônibus confortável, mesma coisa de sempre. Já me acostumei. Chegando lá na estação final, que era bem próxima do hostel, eu até tinha planejado ir a pé, só que como estava frio, sombrio e não tinha sinalização que não dava uma pista de que direção seguir, acabamos por pegar um táxi.
História com táxi nunca termina bem, com exceção de Bruxelas até agora. O cara deixou a gente tipo no lugar oposto de onde era pra ser, num canto que era tipo um condomínio, todos com o nome da rua que era a certa mas nenhum número compatível com o do hostel. E começa a chover. Claro. Nessas horas que precisa ter calma. Uma mapa surgiu das cinzas e por aí eu consegui me orientar e achar o danado do hostel. Anker Hostel, o nome. Recomendo muitíssimo. Excelentes instalações, tudo conservado, foi excelente.
O dia seguinte foi um pouco corrido porque era o único que a gente tinha pra conhecer Oslo. Algumas escolhas precisavam ser feitas, e a primeira delas foi fazer o Oslo Pass. Pra ganhar o desconto de estudante eu tive que ir comprar no Tourist Center próximo ao City Hall. Só dá pra comprar pessoalmente. Ele dá direito à entrada em vários museus mais transporte por 24h, 48h ou 72h. Depende da sua demanda. Meu caso foi só um dia, e pelo preço achei que ia compensar. A primeira parada foi no Norwegian Folk Museum. Um museu ao ar aberto onde há várias construções que retratam a cultura nórdica. Foi legar aprender sobre o povo nativo escandinavo, os sami. Muito legal ver que eles esquiavam ao mesmo tempo que atiravam com arco e flecha! Tipo, coordenação motora do caramba!
A parte dos prédio com certeza é a mais interessante, porque variam os tipos de construções, desde as mais bruscas até as não menos fantásticas casas construídas pra suportar o clima e os fatores territoriais.
Por exemplo, essa casa aqui embaixo não é luxuosa, mas não deixa de ter sua beleza fenomenal. Só de pensar a dificuldade que foi construir uma casa dessa toda de madeira, e o interior é muito organizado, talvez peque no conforto, mas acho que camas de feno deviam ser tipo uma riqueza na época. Dá vontade de passar uma noite lá.
Essa cabana de meio de floresta também!!! Junto ao belíssimo clima de Outono que nos rodeava constantemente só fazia deixar tudo ainda mais surreal. O frio e a neblina também estavam juntos só pra vocês saberem. Eu descobri mais tarde que tinha até uma fazendinha, mas os animais só ficam lá no domingo, e não era domingo.
E essa construção aqui? É absurdamente escuro lá dentro, e não consegui entender como eles fazia pra entrar luz. Cheguei a conclusão que qualquer brecha que eles deixassem ia quebrar o isolamento térmico que eles tentaram construir, então deviam viver basicamente de lamparinas mesmo.
Lá bem pertinho, pegamos o mesmo ônibus que tínhamos pego antes e umas duas paradas depois chegávamos no Viking Ship Museum. Só precisamos mostrar o Oslo Pass e rapidamente estávamos dentro do museu. O museu é bem pequeno, mas ele se concentra em artefatos e histórias relacionadas aos navios vikings. Tem muita coisa interessante.
Fora as embarcações claro, tem muitas coisas que eles acharam e não conseguem explicar, e outras que tem explicações fantásticas pela união da ciência e de historiadores. A minha predileta foi uma inscrição que eles encontraram e eu não sei como eles conseguiram traduzir, mas significa "little wise man" significando "Os homens são pouco sábios." Aí você se pergunta, porque eles deixaram essa inscrição? Significa isso mesmo?
Saindo das raízes vikings, partimos pra parte que representa a arquitetura contemporânea, a Oslo Opera House. É uma obra enorme que não consegue ser ignorada, é simplesmente 'mind-blowing'. Apesar do frio, deu pra aproveitar bastante o prédio inteiro. Queria comentar que o banheiro de lá foi banheiro público mais rico que eu visitei na minha vida! Haja riqueza pra esse país!
Guitarrinha!! |
O sol já estava se pondo e era hora de achar um lugar excelente pra vê-lo ir embora. A grande colina que abrigar o Arkesus Castle é uma boa pedida, e foi pra lá que fui.
O sol parece que correu pra ir embora. Eu aproveitei pra roubar a foto de uma casal que aproveitava o sol, e à eles mesmos. É isso gente, quem não tem modelo pra pagar, tira foto dos estranhos na rua.
O sol foi embora, e a gente quis ir embora também. A gente só não contava que a passagem por onde a gente entrou foi fechada, e eu me vi preso naquele labirinto demoníaco enquanto escurecia e minhas mãos congelavam. Antes de me entregar aos ventos do outono, eu vi essa creepy escultura que não contribuiu pra deixar um clima calmo. Tinha mais ou menos assim escrito na descrição: "Homem Travesseiro é muito legal. Você pode sentar ao lado dele e pensar nele como um amigo. Você nunca estará sozinho nesse banco!"
O.o
Aí o que você faz? Corre! Depois de dar 15 voltas por lá, achamos outro brasileiro perdido, e por fim encontramos a saída. Eu vivo.
Extremamente exausto e com frio, tínhamos que fechar o dia com uma refeição típica, já que o almoço tinha sido Pizza. O restaurante era muito legal, foi recomendado pelo hostel, com um tema de farol e tinha iluminação bem fraca, bem fraca mesmo. Só que dava um clima bem legal. Eu queria que a refeição que eu fiz tivesse sido tão boa quanto o ambiente. Smoked Norwegian Salmon. Era sushi de salmão acompanhado de pão, salada, ovo e maionese. Comi pão com ovo basicamente. HUSAUSH Provar comida típica tem sempre os dois lados. Depois dali um Mc Donalds pra não morrer de fome e já era de dormir porque logo cedo tinha trem pra Stockholm.
Oslo foi esse sonho aí relatado. Eu tinha lido umas péssimas opiniões da cidade e só serviu pra eu pensar como o povo é burro, porque eu nunca vou acreditar quando alguém disser "Não tem nada de bom lá." Cada lugar tem sua cultura pra oferecer, é só você estar disposto a procurar, de preferência nos cantos certos.
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