segunda-feira, 29 de abril de 2013

Manual do Intercambista - Parte I - Passagens

Sei que uma nova leva de estudantes vem vindo pra cá, e embora o meu edital tenha sido corrido e eu não tenha tido muito tempo extra pra me desesperar com algumas coisas, venho notando que algumas pessoas já estão se preocupando com seguro, como trazer o dinheiro pra cá e tudo mais, então vou tentar resumir algumas informações que ajudem a vinda de vocês para cá em partes numa série chamada Manual do Intercambista.

A primeira preocupação em linha de importância geralmente é o visto. Quanto a isso, já discuti isso no outro post chamado Visto, Railcard, NUS extra, Seguro-saúde e Registro na Polícia. Isso já te dá um pontapé inicial. A recomendação geral sobre a compra de passagem é que ela seja feita após o recebimento do visto, claro que a maioria prefere comprar antes porque os preços são bem mais baratos, e eu comprei a minha assim que tive plena certeza de que viria, embora ainda não estivesse com o visto em mãos.

Passagens

Pesquisar nunca é demais

Quando você acha que encontrou a mais barata, outra pode surgir, principalmente em questões de promoção e tudo mais, então mantenha os dedos no teclado, e os ouvidos no telefone com sua agente de viagens e não desista até encontrar uma barganha.

CI - Companhia de Intercâmbio

Se vocês não conheciam, assim como eu antes de fazer esse intercâmbio, existe essa empresa nacional com uma bagagem histórica, que oferece passagens para estudantes com descontos. Leu desconto, já pegou óculos e se ajeitou na cadeira. Isso mesmo. Você não pode deixar de passar na CI mais próxima e fazer uma pesquisa com as atendentes que estarão felizes em atendê-los.

Multidestinos

Quando eu fui comprar passagem, sempre via essa opção e não tinha ideia do que isso era ou qual a vantagem. Acabou que muitos colegas compraram passagem multidestinos e se deram bem. Então, pra ajudar vocês vou tentar explicar o que eu entendi mais ou menos. Basicamente, quem vinha pra cá, colocou a data da primeira passagem pra Londres, no dia que queria, e um mês depois pra Paris. E com isso eles ganharam desconto, é como se fosse um incentivo pra viajantes continuarem na mesma companhia ou coisa assim. Na hora de pesquisar passagem, chequem isso por si mesmos, ou perguntem as suas agentes de viagem.

Horário de chegada

Eu sou a prova viva de que ver o horário de chegada é importante. Meu voo já chegava umas 8 da noite e por causa de uma nevasca maldita, ele atrasou e eu cheguei quase à meia noite. Saí rodando na neve, no frio, na hipotermia atrás de Hotel, os quais já estavam todos lotados, mas acabei num ônibus de madrugada indo pra Coventry. Se não fosse pela ajuda de várias pessoas no caminho, eu nunca teria chegado são. Fora outras histórias mais, faça o possível pra conseguir um horário de chegada cedo, com luz do sol. Tudo é mais fácil quando se pode enxergar o ambiente. Luck you! Não vão ter neve pra tentar matá-los congelados. Esperem até o inverno. Muahahah

Comprar só Ida ou Ida/Volta? 

Outro dilema. Veja bem, o CNPq teoricamente só te dá dinheiro pra passagem de ida, mas você pode comprar ida e volta, porque as vezes, a ida sai do preço de ida e volta. Uma observação antes de achar que esse assunto está decidido: Sua passagem é válida por um ano, então ou você usa ela até a data, ou perde. Então, com data marcada pra voltar, as vezes um mochilão na Europa é perdido. Outra, pra remarcar a passagem pra data ATÉ UM ANO DEPOIS você paga. Eu comprei a minha de volta pra outubro, terei que remarcar. Essa foi minha opção, cabem a vocês fazerem pesarem entre as vantagens e desvantagens.

Vir num voo direto ou com escala?

Outra questão essencial. Eu fiz escala pelo destino mais óbvios pelos brasileiros: Portugal. Foi uma escala muito tranquila. Não, não passei pela imigração, essa sempre é a primeira pergunta. Eu passei por lá, por ser mais barato, óbvio, e por me sentir mais seguro passando por um país que como língua Português. Queridos leitores, gostaria de vos falar, que é uma doce ilusão acreditar que entendemos as misteriosas criaturas chamadas portugueses. Eu sou sincero quando digo, que esperava passar a informação em inglês pra entender o que eles estavam avisando. Então fiquem tranquilos. Outra pessoas fizeram escala em outros países e também não passaram por imigração até onde sei. Fica a cargo de vocês também, mas pros mais precavidos, Portugal é uma escolha segura, se ajudar.

Cheguei em Londres. O que fazer?

Chega cedo? Aconselho comprar passagem de ônibus/trem com uma certa folga de horário. Felizmente a minha eu consegui remarcar sem problemas. Coloque algumas horas entre sua chegada e a partida do próximo transporte. Os aeroportos são enormes e por mais que bem sinalizados é fácil se perder.

Chega tarde? Depois da experiência quase traumatizante que tive, se pudesse voltar no tempo, não teria pensado duas vezes antes de ter agendado um hostel/hotel perto do aeroporto só pra passar a noite tranquilo e no outro dia retornar pra estação - a maioria dos aeroportos tem estações de trem e de ônibus.

Outra alternativa. A minha universidade, por exemplo, oferecia um serviço de coach - pago, claro - em que te esperavam no aeroporto e te levavam até a sua cidade de destino. A desvantagem é que tem certos horários de funcionamento, e para o exemplo da minha amiga, que teve o voo atrasado, não teve ninguém pra esperar ela. Mas, se você chegar cedo, não tem esse problema.

Cheguei em Londres, mas em qual aeroporto de Londres?

É bem comum vermos pessoas que compram as passagens mas esquecem de ver o aeroporto de desembarque. Entendam que Londres é uma das maiores cidades do mundo, e que certos aeroportos ficam mais afastados. Heathrow, o mais conhecido, também é o mais perto, seguido pelo Gatwick. Depois vem o Luton e o Stansted, um pouco mais afastados. Há ainda mais dois, que acho que ninguém tem perigo de chegar neles, que são City e Southend. Enfim, isso é algo a prestar atenção.

Leia as outras edições do Manual do Intercambista:
Manual do Intercambista - Parte II - Preparativos Finais antes da Viagem

Quer ver mais postagens específicas pro Ciências sem Fronteiras? Clique aqui.

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domingo, 28 de abril de 2013

Zadar II - Krka National Park - Café Brazil

Como falei pra vocês no último post de Zadar, o planejado era fazer um passeio no Plitvice Lakes que fica relativamente perto de Zadar. Pesquisamos preços na cidade, e quando voltamos pra falar com os donos do Hostel, eles falaram que talvez levassem a gente num preço bem mais em conta se outras pessoas que estavam no hostel topassem também, porques já havia mais gente interessada em ir.

Aguardamos eles nos darem um preço, e falar com o resto do pessoal, e realmente compensava bem mais. Ficou tudo combinado que a noite iriamos pagar e no outro dia iríamos. Tudo certo, tudo feliz. Até que alguns hóspedes do hostel chegaram de lá e disseram que tinha nevado pra caramba, e até que uma criatura tinha quebrado a perna, e boa parte dos lagos estavam interditados D: Tristeza! Eu tinha sonhado com esses lagos no momento em que decidi ir pra Croácia.

A título de informação se alguém precisar:
Pacote das empresas: 500 kunas - 30 de desconto estudantil.
Hostel: 300 kunas + 80 do ingresso do parque

Enfim, os donos do hostel surgiram com um plano B: irmos para o Krka National Park, segundo o que estava organizando, melhor que o Plitvice, por causa de um tal monastério que tinha lá. Fomos no escuro, e por ficar bem mais barato (250 kunas) e por não ter outra opção, fomos. Levado no carro seguimos, e em pouco mais de uma hora já havíamos chegado.

Compramos nosso ticket, e a próxima balsa sairia em 1 hora para o parque, então teríamos algum tempo pra conhecer a aconchegante cidade que estávamos, Sibenik.

Já dava pra avisar que coisas boas apareceriam.
Uma igreja antiga, um porto calmo e uma ponte misteriosa.




Eu e um maluco.
Paraísos escondidos da Croácia.
Esse era o lugarzinho a ser visitado, um morro no topo da cidade, que ventava muito, ao ponto de quase me derrubar algumas vezes, ou seja, era bem forte. Ora de ir pra balsa.

Krka foi uma surpresa. Foi o único dos lugares que havia ido até aquele instante que não tinha pesquisado sobre ou se quer sabia de sua existência, o que as vezes é bom. Sempre gosto de ir onde tenho noção ao menos de onde é e o que fazer, e se possível das dicas valiosas que nem todo mundo sabe.

Isso me levou a pensar que o seguro é sempre o esperado, mas arriscar permite muito mais possibilidades, desde o êxito triunfante ao fracasso absoluto. Por isso arriscar é tão atraente, mas é bom não apostar todas as fichas.

A beleza do parque está em nossa cara o tempo todo, não sendo preciso nem fazer um mínimo de esforço pra achar algo que valha a pena. Na verdade dificilmente dei 3 passos sem que tirasse ao menos uma foto. O problema é as máquinas não conseguem reproduzir as vistas impossíveis refletidas em nossos olhos, o que é frustante. As fotos não me deixam encaixados no ambiente, porque eu simplesmente não me adequo a ele; a paisagem é o suficiente.

A cidade menor reserva um refúgio, a tranquilidade permitida pelo isolamento.

A cachoeira principal.


Os caminhos que passam por dentro da água, simplesmente estonteantes.
Lá de cima pra pra ter uma ideia do tanto que tivemos que subir.

Um morador entediado de viver no paraíso
Parapeito sem graça

I <3 Croácia


Não iria deixar de fazer a tradicional guitarrinha, ia?
O parque é grande, mas dá pra andar de boa. Fomos em direção ao monastério, mas o último ônibus tinha saído ao meio dia, então não tínhamos outra opção a não ser continuar naquela área. Almoçamos calmamente e fechamos a volta pela descida em volta das cachoeiras. Alguns vídeos ajudam a ilustrar o ambiente:



Ah, queria contar também que ficamos sabendo da existência de um certo lugar chamado 'Café Brazil' em Zadar. Logo nos animamos em ir, chegando lá, confirmamos se era o local mesmo o que procurávamos e ao recebermos uma resposta positiva, nos alegramos em dizer que éramos brasileiros. A mulher que nos atendeu não sabia uma palavra em português, tão menos qualquer pessoa daquele lugar, ela sabia espanhol. O dono, chamado Robert, também não é brasileiro. Bom saber que tem gente que admira o Brasil suficientemente pra nomear um lugar sobre isso, mas ao mesmo tempo, queríamos aquela hospitalidade de brasileiro.
Café Brazil que não tinha nada de BRASIL.
Num lugar que possuia várias caixinhas de música, um detalhe chamou nossa atenção: uma mini bandeira do Brasil. Que aleatório, brasileiro tem em todo canto. Enfim, curiosos pra saber qual música que tinha lá? Pra quem tentou adivinhar, digo logo que não era garota de ipanema. Ainda não sabe? Bem, não era nenhuma música de MPB, nem axé, nem funk, nem forró, nem nada... do Brasil. Simplesmente We are the Champions. Brasil rocks o/

 Caixinha de música com bandeira brasileira que também não tinha nada de música NOSSA.
Zadar em si é linda e bem aconchegante, ruas pequenas em forma de labirinto e um centro compacto denotam uma cidade ainda em desenvolvimento e provavelmente recém descoberta para o turismo. Aqui para todo lugar que se olha há um resquício de história e cicatrizes culturais que permanecem apesar do passar do tempo. De um viajante que vem do mar, atravessa as muralhas guardiãs de ruas de pedra, e segue para as construções naturais da Croácia, um conselho: compre sua passagem o quanto antes.







Confira outros destinos na seção Já Fui.

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terça-feira, 23 de abril de 2013

Zadar - A cidade do pôr-do-sol de Hitchcock

"O sol, mesmo em toda sua majestosidade, parecia tímido, escondido por um véu de nuvens. Já o mar, despercebido, parecia chamar atenção cantando, na esperança de tirar o foco do seu irmão mais velho. Era um canção interminável, embora de imensa beleza; um som que penetrava muito mais que palavras. Talvez um canto de agonia, clamando 'Estou aqui, vivo. Cuidem de mim.' Já era impossível impedir que memórias inundassem minha mente de pensamentos. Caso alguém me observassse, veria um sorriso vacilante esvaecendo-se do meu rosto, apenas porque eu já estava feliz com tão pouco, somente por estar ali, vivo. 'Porque eu quero sempre mais?' Me perguntei. Por último, me restou concordar com Hitchcock que não podia estar mais certo ao dizer que o pôr-do-sol de Zadar deveríamos ver antes de morrer."


Nome: Zadar
País: Croácia
Língua Oficial: Croata
Moeda: Kuna

Croácia
A saga em direção a Zadar começou no aeroporto de Liverpool, toda a tensão do mundo pra saber se a mala não ia dar problema na Ryanair. Madrugamos no aeroporto - reservamos um táxi com antecedência - afina nosso voo era as 7 da manhã, promoção da Ryanair igual a horário extremamente fora de pico. Fomos no guichê, recebemos o carimbo nas passagens, e seguimos em direção ao portão de embarque.

Surpresa! Antes de chegar no portão tinhamos que pesar nossa balança, olha que legal. Pesei e haviam 400 gramas a mais na mala. Completo desespero, porque parte dos meus amigos já havia passado pela balança e eu tinha ficado pra trás. Abri minha mala as pressas no chão do aeroporto, sai catando mil roupas, mais precisamente 3 camisas e 1 suéter, joguei uma sacola que tinha em mãos com biscoitos - D: - e antes de fechar completamente, pesei só por segurança, 9,8 kilos. Amém.

Tranquei a mala, conferi pra ver se não larguei nada, e me mandei, felizmente fui rápido e deu tudo certo. Na segunda fila pro portão de embarque, uma asiática estava abrindo a mala e pondo de volta as roupas que ela tinha tirado na balança, igualmente a mim, e pensei, se ela pode, também posso. Abri a mala, soquei tudo de volta, e passei. Isso definiu o resto do meu destino em todos os voos que peguei, e vocês entenderão porque nas próximas postagens

O voo da Ryanair foi uma completa novidade. Eu mal tinha viajado de avião antes de vir pro Reino Unido. Nas minhas contas, havia viajado 4 trechos no Brasil, ou seja, pouca experiência. A companhia tenta te vender até orgão dentro daquele voo, lanche, seguro-viagem, raspadinha, bebida, perfume e até cigarro!!! Claro que antes eles falam hilariamente que é terminantemente proibido fumar no voo, mas logo em seguida oferecem pra comprar cigarro. Gargalhei muito.

O voo foi tranquilo até o momento em que eu comentei que foi tranquilo com um amigo do lado durante a preparação para o pouso. O céu de Zadar estava repleto de nuvens de chuva, então a descida foi bem desesperante. Tem aquelas pequenas 'lombadas' no ar que você faz só um 'wow' mas quando você acha que é só isso tem aquela que você faz 'fudeu, é agora que eu vou dessa pra uma melhor' e começa a rezar. Risos nervosos não nos faltaram. Bem, sobrevivi pra contar a história. 

Imigração okay. Carimbo no passaporte o/. Espero que o primeiro de muitos. Táxi pro hostel custando 180 kunas - claro que não iam deixar de explorar os turistas. Enfim, chegamos. O malandro do taxista não queria dar troco, mas demos um jeito e trocamos na recepção do hostel. Onde ficamos se chamava Drunken Monkey Hostel o qual recomendo fortemente pra qualquer um que queira ir pra Zadar. Os donos são dois caras muito gente boa que te ajudam em tudo que você precisar. 

O primeiro dia em Zadar foi tranquilo. Como tínhamos chegado já depois do horário de almoço, descansamos um pouco da viagem e fomos em busca de algo pra comer na Old Town que é bem pequena e tranquila de andar. Depois de um tempo já dominava os becos e ruas daquele lugar. Por indicação dos donos do hostel fomos para um restaurante chamado Grill Canzona um bom lugar pra se almoçar pela primeira vez na cidade. Comi frango grelhado, maionese, batata frita e com uns pães muito bons. Não saiu caro, o prato custava 35 kunas em que a conversão fica de 1 pound para 9 kunas o que muitas vezes me fazia sentir rico lá.

Depois desse rápido e delicioso almoço, partimos para o cartão postal da cidade que é onde ficam as ruínas do Fórum Romano - Roman Forum. Lá estão a Igreja de St. Donat's - St. Donat's Church e a Catedral de St. Anastasia - St. Anastisia Cathedral com sua torre.

Literalmente o cartão postal de Zadar.
Charmosa pracinha no fórum romano.
Os vários resquícios do Fórum Romano
Como não tentar imaginar o que uma vez existira ali?
Marc
Isso foi o que deu pra render daquele dia. Na volta pro hostel, passamos em um mercadinho pra comprar comida pra jantar e tomar café. Muito barato. Meio complicado de escolher, porque as marcas eram todas diferentes de tudo que eu já tinha visto, até no UK, e as pessoas não falam inglês suficiente pra explicar bem o que são aquelas coisas. No fim das contas deu certo.

Vou até repassar um mini guia de croata que recebemos ao chegar no hostel o que ajuda muito a tentar manter um diálogo com os nativos. 

Cuidado quando for pedir desculpa/licença
Você acha que pediu desculpa, mas quase chama a pessoa de prostituta. Isso é croácia. Brincadeira gente, respeito muito a cultura daquele país maravilhoso o qual com certeza retornarei, só não podia perder o trocadilho.

O segundo dia foi mais planejado e rendeu bem mais, até porque no terceiro queríamos fazer um passeio nos lagos Plitvice - Plitvice Lakes que acabou não rolando mas surgimos com um plano B tão interessante quanto. Enfim, no primeiro dia conseguimos nos perder da entrada principal, e acabamos entrando numa entrada secundária, porque pra quem não sabe, a Old Town é uma cidade envolta por muros de pedra, então se você quer entrar na cidade, tem que ir em algum dos portões principais - gates - ou então você só entra de tiver disposição pra escalar muros de pedra.

Chegamos enfim ao Land Gate, portão principal. Se eu não me engano, é um resquício do poderio de veneza sobre a cidade, e o seu símbolo o leão.

Belezinha com alguns séculos de história pra contar.
Um entra e sai de líderes que só ele mesmo pra saber explicar.
As docas ao lado do Land Gate
Seguimos então para a Five Wheels Square a priori uma praça comum, mas que vale a pena conferir.

Five Wheels Square
Mais uma andadinha e chegamos novamente nas ruínas do fórum romano, e fomos na torre da catedral da St. Anastasia. 10 kunas mais pobres, 180 degraus depois e uma pancada na cabeça chegamos ao topo. Uma vista incrível de Zadar. De lá dá pra ver toda a Old Town tranquilamente.

East View - Vista Leste
Southwest View - Vista Sudeste
North View - Vista Norte
West View - Vista Leste
South View - Vista Sul
Parcial Panoramic View
Saímos daqui e fomos tomar um sorvete prometido como um dos melhores do mundo, e tenho que admitir, foi o melhor que essa pessoas que vos escreve já provou, ou melhor, foram porque todos os dias tomamos um sorvete. E pra completar, uma bagatela, 7 kunas numa bola hiper caprichada, com uma cobertura quente de chocolate que automaticamente vira numa coisa crocante. Enfim, parei de falar sobre isso que me deu até fome. O difícil era escolher entre os sabores atípicos, embora os clássicos estivessem bem presentes. Assim que possível atualizo o post com o nome da sorveteria.

Ainda tomando sorvete, fomos direto para o Orgão Marinho - Sea Organ e ver todo o conjunto que constitui o pôr-do-sol de Zadar. Um vídeo vem bem calhar nesse momento antes da explicação do que seria tudo isso.


O Sea Organ é uma atração recente construída pelo arquiteto Nikola Basic em 2006 que se constitui de canos que usam a força das ondas do mar para reproduzir o som que o mesmo faz. Uma obra engenhosa e brilhante que atrai turistas do mundo inteiro. Junto com ela, foi criado o The Greeting to the Sun, uma gigantesca placa de painéis solares que passam o dia armazenando energia para a noite produzir um suposto belo show de luzes, que não chegamos a ver, não por falta de tentativa, que no caso foram 2. Infelizmente o troço estava quebrado, provavelmente.

Pra completar, outro documentário estava sendo gravado. É isso, senhoras e senhores, quem leu a postagem sobre Liverpool viu que já havíamos aparecido em um documentário, então a fama está mais que comprovada. Vou ficar devendo a vocês o resultado desse documentário, porque foi pra um canal de televisão norueguês e eu ainda não consegui achar, mas assim que possível, atualizo aqui pra vocês.

Foi esse belo lugar que proporcionou minhas palavras sinceras na introdução desse post. Gostaria de deixar as palavras de Alfred Hitchcock em sua visita a Zadar em 1964:

"Zadar has the most beautiful sunset in the world, more beautiful than the one in Key West, Florida, applauded at every evening."

Confira outros destinos na seção Já Fui.

Aguardem a segunda parte dessa viagem sensacional à Croácia.Gostou da postagem? Compartilhe através das redes sociais disponíveis nos botões logo abaixo. Curta também a nossa fanpage no facebook aqui.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Liverpool Yeah Yeah Yeah

O Expresso Londres, apesar de ter sido estacionado por alguns dias, finalmente está de volta, afinal o motorista tinha que tirar um folga. Confesso que agora vai ter mais coisa pra fazer por aqui, mas vou tentar manter as postagens em dia. Vou aproveitar esse espacinho pra agradecer todos os leitores, amigos, parentes, bolsistas e aspirantes a bolsistas que leem o blog, comentam, elogiam, dão sugestão, pedem por post. Isso é extremamente gratificante, pois apesar de funcionar como um jornal de lembraças pra mim, é bom saber que tem gente aí do outro lado que lê e vê como um conteúdo interessante.

O blog passou da marca de 2000 visitantes brasileiros e já atingiu 17 países pelo mundo. Rumo as 10000 visualizações de página. Mais uma vez obrigado. Agora vamos ao que interessa.

Eu definiria Liverpool como atraente, encantando com um passeio nas docas, conquistando ao som dos Beatles e celebrando nas noites quase tão populadas quanto de dia. Mas a cidade é muito mais que um rostinho bonito. Carregada de história, tornou-se conhecida como a capital europeia da cultura, fazendo jus ao título até os dias de hoje.

Depois de acordar bem cedo pra conferir se estava tudo dentro da mala, se eu não estava esquecendo documentos importantes, se minha mala ia caber dentro do maldito troço da Ryanair, chegamos bem na hora de pegar o trem em direção a Liverpool.

A viagem foi tranquila, na verdade, ansiosa, porque afinal de contas queríamos logo que o easter break começasse. A minha primeira impressão de Liverpool foi ótima, não sei se foi só mudar os ares do dia a dia que eu já estava satisfeito, ou a cidade que é realmente muito legal. Descemos na estação de trem, e fomos pro hostel que foi estrategicamente escolhido por ser perto da estação e por estar no centro da cidade, Liverpool Internacional Inn é o seu nome.

O hostel tem uma leve semelhança com um hotel, pelo corredor com um monte de portas distribuídas, mas assim que entramos no quartos reconhecemos o modo hostel de ser com suas 8 camas. Pelo menos tínhamos um banheiro no quarto pra nós. Não perdemos tempo e partimos pra primeira atração: The Beatles Story. Claro, que na ida, não poderiamos ter deixado de nos perder um pouquinho, porque Liverpool não segue o estilo tradicional de ruas perpendiculares, na verdade eu acho que fizeram um labirinto de propósito. 

Talvez nós que tenhamos nos desligado um pouco, mas enfim, fomos no sentido oposto ao certo :x Felizmente caímos na entrada do Chinatown de lá, que é bem bonita.

Please, more sun.
Chinatown Entrance - Liverpool
Pedimos informação e depois fomos no sentido certo. Ladeiras nos levaram até Albert Docks, onde está  concentrado boa parte das atrações da cidade. Entre elas o The Beatles Story.


As docas são realmente impressionantes. Não deu pra cobrir tudo, porque já tínhamos chegado meio tarde em Liverpool pelos horários de trem que conseguimos e corremos pro museu dos Beatles pra entrar antes da última admissão.

Pagamos 9 pounds num pacote promocional pra estudante, o que lembra que é importante andar sempre com o NUS se você tiver, ou alguma carteira que comprove que você seja estudante. Incluia a Beatles Story exhibition e outras coisas mais, só que não aproveitamos tudo também por causa do horário, mesmo assim vale a pena.

O museu é fantástico, e conta a história dos Beatles de ponta a ponta, até aqueles detalhes que a maioria das pessoas não sabem, e com certeza acrescenta conhecimento aos fãs, com depoimentos genuínos de personalidades que participaram em carne e osso da história dessa banda que o mundo nunca irá esquecer. Para isso você recebe um fone de ouvido com um tocador de 'faixas' que dão início assim que você escolhe qual deseja ouvir, de acordo com um número mostrado nas seções a medida que se vai caminhando por dentro das salas.

Pequena amostra da diversidade de público
da banda mesmo no início da carreira
Tão ele
Olha o número ali que eu falei. Faixa 16.
Beatles com músicas já no Top 10.
Réplica do palco do The Cavern. Muito igual, de fato.
Todo mundo brincando de imitar Madame Tussads
But
Claro que no fim desse museu tinha que ter uma lojinha que iria fazer todos meus pounds descerem pelo ralo. Fui forte, me segurei e comprei um dos meus chaveiros prediletos diante minha coleção até agora. Mais que isso só uns cartões postais e um presente.

Com chaveiro não se brinca. Tirem o olho.
Já no segundo dia em Liverpool, fomos fazer um tour num passeio chamado Magic Mystery Tour claro que sobre os Beatles. Antes um passeio mais calmo pelas docas.

Carrosel todo estiloso.
Filho do London Eye
Mania de por cadeado em toda corrente que acham.
Voltando a falar sobre o passeio, posso dizer que foi um dinheiros bem gasto. Vale muito a pena. O guia que pegamos era um palhaço e não perdi um trocadilho ou piada, tornando o passeio cada vez mais divertido. Para nossa surpresa, fomos perguntados se não nos importaríamos de sermos filmados num documentário que seria gravado naquele ônibus. Eu levantei a mão e disse que não faria questão contanto que pagassem o meu devido cachê USHAUHS Ninguém se recusou, obviamente.

Tão quentinho e aconchegante. 
Passamos na casa em que cada um dos Beatles nasceu/viveu boa parte de suas vidas, em pontos significantes para a banda como uma banca qualquer chamada Sgt. Peppers, uma rua insignificante chamada Penny Lane e até num certo portão comum do Strawberry Field.

Como não cantar o refrão 'Strawberry Fields Forever...'
What to say more about Penny Lane?
O nosso guia brincou ao afirmar que houve um época em que não existia mais placa nessa rua, pois os fãs começaram a roubar e o departamento de trânsito cansou de repor, então eles decidiram pintar numa parede, só assim pra que não tivessem mais problemas. O tempo passou e eles puderam  finalmente por a placa de volta e fazer a alegria de nós, fãs, de passagem por Liverpool. :B Talvez essa placa da foto não esteja lá mais, e no ebay tenha uma parecidíssima. Não tenho nada a ver com isso.

Outro ponto a destacar era uma mulher que completava 64 anos naquele dia e era um fã enorme dos Beatles, por ser japonesa, acredito, apelidei ela de Yoko. Ela era uma das mais entusiasmadas no ônibus vibrando a todo novo lugar que chegávamos e sabendo por parte das perguntas que o guia perguntava. Claro que não podia deixarem de tocar 'When I'm Sixty Four' pra ela, que ficou alegríssima. Ela também tinha um marido da barba branca o que caracteriza ainda mais a música. Pra quem não conhece - eu não conhecia antes - é essa aqui.


64, uma data aleatória pra maioria das pessoas, mas uma data especial pros fãs dos Beatles. Quando eu completar 64, eu vou querer escutar essa música :)

Enfim, a Yoko que me passou o endereço do documentário que fomos pedir juntos ao produtor. Ela era um doce de pessoa e mais tarde, quando descemos no The Cavern - Pub desejei parabéns a ela que ficou transtornada de feliz, e me agradeceu muito. Pelo tour, tínhamos direito a uma entrada no The Cavern - Club e nas quintas e sábados tem cover dos Beatles, que foi simplesmente fenomenal. Eu fiquei do lado deles, e apesar de eu nunca ter assistido a um show dos Beatles, quem assistiu afirmou que até a forma como eles se introduzem nas canções é igual.

Olha as coisas que a gente acha no The Cavern
Quem acha o mindfuck dessa foto?
Entre o intervalo da banda
Entre os tijolos de todos que já tocaram no The Cavern, um em especial.
Enfim, eles cantaram muitas músicas, mas conseguimos lembrar de algumas, entre elas: 

Sgt. Peppers
I wanna hold your hand
With a little help from my friends
Twist and Shout
She got a ticket to ride
Love me do
All you need is love
If I fell
Come Together
Get Back
8 days a week
Leave
Something

Até acho que houveram outras, mas não conseguimos lembrar. Claro que eu não ia deixar vocês na mão e gravei uma música inteira pelo menos do cover, pra vocês terem uma noção de quão parecido é.



A qualidade não está excelente porque foi gravado do meu celular. Espero que gostem. :)

A banda era muito simpática, e já no fim do show, quando pedimos pra tirar um foto com eles, eles simplesmente puxaram eu e minha amiga pra dentro do camarim. 

Liverpool foi muito mais que só Beatles, aproveitei o 50º aniversário da série Doctor Who, a qual assisto aciduamente e comprei selos comemorativos. Realizei o sonho, já que quando era com Harry Potter, eu não podia fazer nada a não ser só ver os selos de longe.

Monstro predileto sem dúvida: Weeping Angels
Encontrei também pela primeira vez um restaurante do Jamie Oliver, pra quem não conhecer, um famoso e talentoso chef inglês.

Será que é fraco?
Não me atrevi a chegar no cardápio para ver preços, mas assumi que fosse caro. Mesmo assim, o único restaurante que ganhou a nossa atenção foi o 'Bem Brasil', pelo nome, vocês sabem que é um restaurante brasileiro, mas especificamente uma churrascaria. Me diga quanto um brasileiro pagaria pra comer carne decente? Pois é, muito. Mas não é um absurdo o valor do Bem Brasil e nos empantufamos lá.

Pra finalizar deixo com vocês uma foto minha, nada boa, vale só pra documentar - trocadilho - que eu apareci num documentário que passa num programa francês chamado 'Grand Public'.

Só pra salientar, o tio da máquina é o marido da Yoko.

Confira outros destinos na seção Já Fui.

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