terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Chegou o dia da viagem - Continuação

Eu estava contando que estava chegando na estação de ônibus em Londres ainda no aeroporto e meu objetivo era trocar a passagem pra o próximo horário. Só que o próximo horário era apenas de 23:30 e ainda eram umas 21:00, então como demora mais ou menos umas 2 horas pra chegar em Coventry, achei que era muito tarde pra ficar nesse ônibus. Então troquei pra um horário de manhã, acredito que 10:30 e pedi informações de como chegar no hotel Ibis, que sabia que ficava perto do aeroporto.

Eu queria ir de táxi, obviamente, porque tinha medo sei lá, estava nevando, eu havia acabado de chegar, mas a mulher me tentou um ônibus que eu pegaria de graça enquanto ela havia me dito que eu pagaria 50 libras no táxi. Fiquei ainda querendo ir no táxi, mas quando eu vejo, vem passando o ônibus. Não deu muito tempo pra pensar e eu saí correndo no frio, só com um cachecol, sobre um suéter mais uma camisa de manda longa, sem luvas e talvez com um gorro, arrastando uma mala gigantes, mais a mochila das costas. 

Entrei no ônibus, perguntei ao motorista qual a parada, ele falou algo ininteligível, pelos menos não reconhecível pra mim, e eu não tinha o que fazer além de sentar e me desesperar. Havia uma casal de ingleses na minha frente, então pedi ajuda. Não soube dizer a parada, pois não havia entendido, então eles começaram a pesquisar na internet. Foram super gente boa. O cara inclusive, ia descer antes com a namorada e falou que duas depois seria a minha, e ainda pediu pro motorista me avisar. 

Então me levantei e fui ficar perto do motorista, daí eu entendi ele dizendo: "Vá se sentar e preste atenção nas paradas que vão chamar" num tom meio grosso. risos. Sentei né? Avistei o hotel e agradeci aos céus. Desci com a mala gigantesca, na neve, e fui arrastando e quando entrei e senti aquele quentinho chega fiquei feliz, mas a felicidade durou bem pouco. Pedi um quarto e eles disseram que estavam cheios D: Bem, perguntei onde teria outro hotel, eles recomendaram a uma vizinho, mais ou menos uma quadra depois. Lá vou eu no frio arrastando no frio de novo a mala. Chego lá, peço um quarto e eles também estão cheios. 

Você pensa, mas porque? Abra esse LINK. Se você viu a notícia, houve uma nevasca gigantesca em Londres - pra minha sorte --'. Então, as pessoas, no caso, os turistas que iriam viajar e tiveram seus voos cancelados também precisavam de um lugar pra ficar, então eu não encontraria um lugar pra ficar. Então no terceiro hotel que me disseram que não tinha lugar pra ficar, entendi que eu só tinha uma opção: Ir pra Coventry de 23:30. Então pedi ao último rapaz que me atendeu que chamasse um táxi, pois eu precisava voltar pro aeroporto pra pegar o ônibus pra Coventry. 5 minutos depois o táxi chegou. Ele me cobrou 12 libras antecipadas, porque ele falou que onde ele precisaria parar, ele não podia demorar muito tempo ou seria multado.

Desci bem rapidinho e voltei pro guichê da passagem, e a senhora, não sei se por pena, ou porque eu tinha comprado seguro na passagem, trocou de novo a passagem pra 11:30. Meu próximo passo era contactar os amigos de Coventry pra me esperarem, já que a previsão era 15 pras 2 da manhã. O que eu fiz? Eu recebi moedas de troco do táxi, fui num orelhão e fiz minha primeira ligação. Apanhei um pouco pra achar a combinação correta do número, mas deu certo. Liguei pra minha amiga em Birm, e pedi pra ela me dar o telefone do meu flatmate, porque ele estava com minha chave, então se ele não estivesse acordado eu não entraria em casa. Imagina que lindo. 2ª hipotermia, porque a primeira foi em Londres.

Primeira lição, ligação dos orelhões são muito caras, o dinheiro some rapidinho, e você tem que ter bastante moeda pra usar. Eu só tinha 3 pounds eu acho. Fui num café e comprei uma água - a qual mais tarde eu descobri que é gaseificada, se você não pedir sem gás, eles sempre vão te dar sem gás, mas nesse caso fui eu que escolhi uma lá. Enfim, consegui moedas, liguei pro meu flatmate, e mais uma vez a ligação se foi muito rápido, falei pra ele a hora que estava chegando, ele disse que ia me esperar, e disse ainda que na estação de Coventry tinha um ponto de táxi perto, então era só pegar um táxi pra lá.

Demorou um pouco pra chegar a hora do ônibus, mas eu não sei como, consegui internet. Uma rede que tinha em Lisboa e que também tem em vários lugares. Nisso, eu ouvi quando um indiano falou que também ia pra Coventry e comecei a conversar com eles sobre as paradas na viagem, e tudo mais, e ele me falou dos táxis e disse que mesmo que não tivesse, ele chamaria um pra mim e tal. Simpáticos essa galera toda. Então sentei lá perto de outra moça que ia pra Birmingham, cidade vizinha e constantemente eu pedia pra ela dar uma olhada na minha bagagem enquanto eu ia pegar moedas, ou fazer ligações, então acabamos conversando um pouco. Inclusive ela ainda confiou em mim pra ver as coisas dela enquanto ela foi no banheiro :) #SouConfiável

Quando saí da estação pra pegar o ônibus eu estava tremendo muito do frio. Ainda bem que o ônibus era quentinho. Foram só umas 6 pessoas. Fiquei com medo de dormir, de perder a parada e porque tinha uma muçulmano muito estranho das poltronas opostas as minhas. Eu acabei cochilando uns 20 minutos. Depois fiquei acordado. Enfim, cheguei a Coventry, antes da hora esperada, acho que 1:15 eu estava lá. Haviam táxis o/ Mesmo assim, o indiano entrou no táxi comigo e foi até a minha casa, entreguei o endereço ao motorista, que também era indiano. risos. Enfim, chegamos.

Bati, bati, bati e nada. Pensei "lascou, ele deve ter ido me esperar na estação ou algo do tipo e a gente se desencontrou." Não tinha como ligar pra ele, ia morrer na neve. risos. Mais uma vez, contei com a ajuda da galera e o indiano pediu pro motorista amigo dele ligar pro meu amigo, eu tinha o telefone, só não tinha como ligar, ele desceu e abriu a porta. Finalmente, eu estava seguro em casa. Esse foi o final da minha verdadeira aventura até chegar a Coventry. Estou fazendo o possível pra escrever aqui sempre que dá, mas o tempo anda muito corrido. Aguardem próximas postagens. Até mais.

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